A Relatividade do Ser

Tempo. Tempo. Tempo...
O tempo passa.
Eternizá-lo.
Da forma mais e mais bela.
 
Mas qual beleza impossível,
Que não há na letra,
Que foge da tinta,
Que fica escondida no coração.
 
Talvez, antes no lápis.
Num tempo remoto na pena,
Ousando a pegar agora nas teclas
Libertando sua alma poética.
 
Mas quanto ansiar por esta presença,
Que antes é ausência.
Que provoca o querer,
Mas mantém oculta a vontade.
 
Eternidade,
Onde o tempo não passa,
Pois o tempo
É invenção dos homens.
 
Ser criatura, elevar-se ao Criador,
Imaginar oração, e concluir:
A prosa é humana,
Mas a poesia, de Deus!
 
E do Divino pouco se sabe,
Se infinito, se imensurável,
‘Se’s, são tantos condicionantes ‘se’s.
Mas a alma sabe o que supomos oculto.


Dueto 


04/01/2012

Gilberto Brandão Marcon
&
João Sérgio Januzelli de Souza



 
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 25/03/2012
Reeditado em 25/03/2012
Código do texto: T3575057
Classificação de conteúdo: seguro
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