POEMA INACABADO Clara da Costa & Reginaldo Honório da Silva
São poemas diferentes. Temas diferentes. Datas diferentes. Autores diferentes (Clara / Honório). Lugares diferentes (Pipa-RN / Rio Claro/SP). Mas olhem só algumas coincidências!!
A música, o tempo, a espera, a indiferença e um poema inacabado.
O Oposto:
Clara, uma sereia ao sabor do vento!
Honório, um cigano esperando o tempo!
Coisas da poesia, né?
Honório
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Clara da Costa
Tal barco à deriva,
a mente está sem rumo,
ando sem pressa,
não sei para onde vou,
perambulo nas madrugadas sombrias
vazias,
vadias...
Um suspiro,
um gemido,
um não sei o que,
sentimentos à flor da pele,
...sinto falta de ti,
do teu abraço na chuva,
do teu sorriso onde vi num imenso mar,
da tua voz acariciada pelo beijo,
teu cheiro uma presença ausente.
A música embala-me,
transforma-me em espera
...não sei se estou triste ou feliz,
não sei se canto,
se a dor espanto,
ou se escrevo um verso estupendo,
tanto faz...
O poema está inacabado...
ele espera por ti!
11 de fevereiro/12
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Reginaldo Honório da Silva
Daqui a pouco tempo
Bem pouco tempo
Quando o vento que não sopra
Deixar de soprar...
Fogueira acesa no peito
Amor em caldeirão de aço
Forte tempero grego
Com pimenta baiana
De insuportável ardume...
Água da fonte (potável)
Vinho das vinhas do sul
Ritmo cigano em baila
Erótica dança exótica...
Ah! O tempo? Mísero tempo?
Quem se importa?
Quando soprar o vento
Que não sopra...
Arranjo um tema
Termino meu poema.
07 de dezembro/2005
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