DIÁRIO DE UM INDEFERIDO CORAÇÃO
Tímida noite de outro quase extinto verão
Dói-me a angústia sem aparente motivo
E a saudade agita-se, veemente
Suplicando um grito que não se proclama
Então, roga ao Senhor
E se confunde...
Confundindo um pensamento outrora sereno
Sem condecorar com respostas convincentes
Este meu peito que anseia por um apogeu
Restringindo-o à felicidade de minha amada
- O meu anjo envolvente -
Que, ao me olhar, reflete em si a minha esperança
De, quiçá, por momentos, ser feliz
E de, nos braços, obter a musa. Beijá-la...
Então, o sonho permite-se à eventual sensualidade
Mas reside o temor... E à realidade, forçosamente, outra vez, me invoca...