Ainda Há Tempo (Parceria com Ana Flor do Lácio)

Se o homem pudesse ter consciência

Do quanto à vida é passageira, talvez

Valorizasse mais a permanência

E seu papel neste jogo de xadrez.

Reflitamos antes de jogar fora

Oportunidades que a vida nos dá.

Ser feliz, a cada dia, cada hora,

Não apenas amanhã, mas agora, já!

Cuidamos pouco. Amor é compromisso.

É perdoar, é repartir, é abraçar…

É sentir dor e ofertar um sorriso!

Ainda há tempo de ser feliz, amar,

Tempo de doar-se ao seu semelhante

E entender a vida como um instante…

Ana Flor do Lácio

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AINDA HÁ TEMPO

Ainda há tempo de rever algum velho conceito

Superar todo e qualquer bobo preconceito

Descobrir que para tudo sempre existe um jeito

Ver onde começa meu dever e termina meu direito

Ainda há tempo de jogar tudo para o alto e se entregar

Perder tempo com gostosas bobagens e não estressar

Rolar na areia o dia inteiro e de alegria se jogar no mar

Jogar conversa fora e até de piada boba rir sem parar

Ainda há tempo de viver tudo que não se pôde viver

Chutar o balde e dar um basta em tudo que nos faz sofrer

Acreditar que o mundo um dia foi feito ao nosso bel prazer

Que o paraíso agora é nosso e ninguém pode nos vencer

Ainda há tempo para as coisas mais simples da vida

Dar mais parabéns a você à pessoa mais querida

Fazer olé na tristeza, do mau humor ganhar a partida

Dizer eu te amo de forma inesperada e desinibida

Fábio Brandão

Interação de Aleixenko

Basta querer com vontade

Estender os braços em solidariedade

Abraçar nosso outro irmão

Aquele... Joaquim, José, João...

Nem precisamos saber sua identidade

Converse com ele, fale-lhe a verdade

Seja companheiro... fraterno... amigo

Ofereça-lhe o conforto, seja-lhe um abrigo

Ninguém gosta de ficar sozinho

Todos nós queremos um pouco de carinho

Para fazer o bem ainda há tempo

Para amar o próximo ainda há tempo

Interação de Sérgio Márcio

E vejo outro natal se aproximando

Findam´se os meses rápidos, fluentes

E fico aqui sozinho, então, pensando...

O quê fizemos, nós, pelos carentes

Um ano que se foi, talvez,em vão

Sem tempo para Deus, ou um amigo

Um preso, até doente, ou mesmo irmão

Criança abandonada, ou um mendigo...

E mutos se comovem de alegria

S'abraçam, se reúnem, neste dia

S'esquecem do amanhã, na longa estrada

Que todos nós vivemos na incerteza

Das horas de amargura e de tristeza

De quem leva uma vida desgraçada...

Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 14/12/2011
Reeditado em 15/12/2011
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