REI E ESCRAVO
Te prendo
Me prendo
Na liberdade que não tenho
Ao tempo que me detenho
Da loucura de me ser,
De me ter assim inteira.
Que tempo?
Se metade, se livre
Sou o brinde que te molho
Na metade que te solto.
Sou o vinho que te envolve
Numa embriagues de olhos
Porém teus olhos são a chave
Para minha liberdade.
Embriaga-me nos teus passos e segue...
Se presa, se em metade,
Em um tempo psicodélico.
Sem pressa, sem mais verdades
No que nos faz assim almas intensas
Presas no abismo que amedronta
Mas reflete a imensidão que nos infinda.
Como céu e mar,
Reis e escravos
De um transcender inevitável
Servir-te:
Tão bom quanto submeter-te aos meus apegos
E liberdades de ser...