Na Passarela da Noite
As luzes da cidade acesas
Clareando a passarela
Dos noturnos da vida
Que são feras solitárias
(ou ovelhas perdidas).
... Que por carma
Fazem d´um dilema humano
O seu lema de viver.
Andando pelas ruas da cidade
Contracenando com o perigo escondido
No esplendor das noites á fora...
E na calada fria das madrugadas
Em risadas sem alegria
Deboches por vaidade
Armas eminentes
Da sensualidade e da promiscuidade.
E enquanto isso
No cenário dos poetas
Ou dos pensadores
As luzes da cidade acesas
Clareiam sua inspiração
E movem suas emoções
Na certeza da melancolia
Que sufoca os noturnos da vida.
Horizontes tão distantes
Sonhos tão presentes
São ilusões
Simplesmente tão reais.