PAUSA - ENTRELACE ANA STOPPA / EDVALDO ROSA
ILUSTRAÇÃO DE NANCI LAURINO


 Pausa...
 
 
Olho ao redor e só percebo as cortinas estáticas,
 
As paredes mudas, o silêncio dos porta retratos...
 
Tudo remete ao tédio, a solidão...
 
No entanto a alma verseja...
 
Assim aprendemos a forjar na dor
 
Muitas vezes na solidão o árduo ofício de dar perfume ao
carvão, e


Fazer florescer os espinhos...

Pausa...

O silêncio não esta mudo,

Grita aos ouvidos com todas as forças dos pulmões,

Querendo estilhaçar tanto a solidão quanto o tédio...

A poesia pretende ser um remédio,

Uma rota de fuga! Uma salvação...

Único meio de fazer com tudo seja como foi um dia,

De transformar tanta tristeza em alegria,

De trazer alento á alma e ao coração!
 

Ana Stoppa / Edvaldo Rosa
13/11/2011
www.sacpaixao.net