PRETENSÃO


 
Caro irmão Sérgio, escrever contigo é muito honra.

 
Não tenho pretensão de ser poeta,
Mas quero os sentimentos expressar,
A dor – ou a saudade – mais dileta,
Aquela que não quer me abandonar...
 
São como vendavais de soledade
E os passos, nos beirais, tal chuva fina
Tornaram-se suplicio de saudade
Nos frêmitos alheios desta sina...
 
Cerúleos, arrebóis, lindos, fulgentes
Tornaram-se vulníficos, dolentes,
Versados como páramos de dor.
 
Até tento versar por um momento,
Uma alegria ao menos – um   alento,
Não dizem que o poeta é um fingidor?
 
 
 
 
 
Gonçalves Reis e Sérgio Márcio
Enviado por Gonçalves Reis em 08/11/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3324730
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