AUSENTE

Encontrei na sucessão das madrugadas a minha fiel companheira

Que me conforta durante o frio de sua ausência

E acalma este meu pranto sofrido

Mostrando o quão belo a vida ainda pode ser

Quando o momento de sofrer torna-se o de renascer

Que, às vezes, são simbolizadas por meras poesias inacabadas

E que, nem por isso, diminuem seu encanto e leveza...

Solitário: rumo por arquipélagos desconhecidos

Visando a própria dignidade

Criando outros estigmas

Para que eu alce a felicidade...

Ausente: sem sua bússola, orientei-me por meu coração

Ouvindo, também, a voz da razão

E sobrevivi...

... Algum dia, este tristeza será uma vaga composição

Que confortará outros seres de frágil emoção

Por isso, passivo, sigo a sina do meu perverso destino e sofro

Sendo um púrpuro lírio que jamais se entrega

Mesmo que a prenda possa, eventualmente, ser a única mulher que este corpo definitivamente amou...

Nunca, eu juro!...

GUIDO VAN LYRA e NAYELLY SOUTO
Enviado por GUIDO VAN LYRA em 08/11/2011
Código do texto: T3324162
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