AUSENTE
Encontrei na sucessão das madrugadas a minha fiel companheira
Que me conforta durante o frio de sua ausência
E acalma este meu pranto sofrido
Mostrando o quão belo a vida ainda pode ser
Quando o momento de sofrer torna-se o de renascer
Que, às vezes, são simbolizadas por meras poesias inacabadas
E que, nem por isso, diminuem seu encanto e leveza...
Solitário: rumo por arquipélagos desconhecidos
Visando a própria dignidade
Criando outros estigmas
Para que eu alce a felicidade...
Ausente: sem sua bússola, orientei-me por meu coração
Ouvindo, também, a voz da razão
E sobrevivi...
... Algum dia, este tristeza será uma vaga composição
Que confortará outros seres de frágil emoção
Por isso, passivo, sigo a sina do meu perverso destino e sofro
Sendo um púrpuro lírio que jamais se entrega
Mesmo que a prenda possa, eventualmente, ser a única mulher que este corpo definitivamente amou...
Nunca, eu juro!...