O amanhã
Ana Maria Brasiliense


Sempre d'encontro ao mar
costumo meus pensamentos deixar.
Gosto dele !...
Principalmente quando meus pés vem beijar,
com suas ondas espulmantes de brancas rendas,
chegam para me abraçar.
É junto dele e nele que deixo minhas lágrimas
tristes tiradas do eco da saudade.
Sonho no meu caminhar...
quando gaivotas teu recado, num bailado
delineado no azul do céu, desenhando começam a deixar
Procurando na areia branca adormeço
na esperança de te encontrar.
Se estas faminto de mim e de meu amor,
por que então demoras a chegar?
Melro ja não canta mais,
comigo chora teu demorar !
Não demores...
O manhã
pode ser tarde de mais.

Stos 16/12/006
Hr 00:36 



ESPERA-ME NO MESMO LUGAR
dario giuseppe di girolamo
campinas, 16/12/2006

amanha esteja no lugar de sempre
o barco o leme a ancora que ai deixei
lembras de avermelhado horizonte ?
juntos iremos a recordar os momentos
o navio longe a fumaça a gaivota as rochas
adornando nosso outrora oásis de amor
elas, as lisas conchas que tanto tu gostavas
pendulando em gracioso adornado pescoço

saudoso a beira mar vou te reencontrar
meus sapatos como antes a par aos teus
cristas de ondas sob luz do sol a brilhar
em tarde feliz de nosso enfim reencontro
ondas que chegam voltando deixam liso
nosso a dois caminhar rastros de pés
pisados na areia branca vão ficando
o melro cra cra cra quebra o silencio
de corpos ao entardecer a caminhar
a rocha rechaçando rebeldes ondas
pingos caindo sobre nos louros cabelos
entre fios gotas escorrendo os acarinho
ate chegarmos no covil do nosso amor
deixando longe conchas e rastros de pés
as ondas morrendo nas duras rochas
sapatos a par ficaram a que serviriam?
para duas almas querendo se namorar
fecho a cortina do tempo sob relento
beija-me me deita abra-me a braguilha
aperta sem pudor somos de nos dois
a final esta é a tão esperada noite de amor

...as ondas alisa as pegadas o sol apagou
o melro curioso as conchas, que conchas?
por que lembra-las as ondas se aquietam
branca gaivota com sua graça piruetando
silencio corpos rolando sobre macia relva
gemes amor do jeito que eu gosto mastiga
cavalga gozamos logo para nosso tesão
que vem desde então a saudade amenizar

...ondas areia branca conchas sapatos rochas
fumaça barco a ancora estão no mesmo lugar

...a gaivota e o melro não, como sempre
solidários velando dois corpos
sobre postos um ao outro.... 




Ana Maria Brasiliense
Enviado por Ana Maria Brasiliense em 30/12/2006
Reeditado em 30/12/2006
Código do texto: T331793