Insondável mistério\ Sentido Incontido!
Insondável mistério
Deixo dito: não lamentem...
Em prantos, feito episódio lírico-dramático
Quando o mistério insondável do fim,
Chegar-me transvestido de presenteiro,
Trazendo-me nas mãos...
Além do instrumento curvo para me ceifar,
Uma epístola poética em representação divina
A me consolar pelo banho de luz,
[Que tudo alcança e penetra]
A me oferecer em lenimento os versos
Que à vida é pequena, insignificante e transitória
E que se estende além do limite fim.
Não lamentem…
Porque para todos é tudo só,
Uma questão de tempo.
Lufague
Sentido Incontido!
Trago o sentido incontido
Da lágrima escorregada
Pelo córrego da face ressecada
Ávida do sumo e da seiva versejada
A me perguntar como será a acolhida
A que recanto repousará meu pranto
Por certo não será da fria lápide
Quem sabe apenas o sopro do vento...
[Ganhando a sua real dimensão cósmica]
Por onde se dará a mutação
Mergulhando-me no infinito
Enxertado no coração da divindade
Dotando-me da imortalidade
Habitaremos então essa nova dimensão?
Onde a dor e amor dar-se-ão as mãos
Fico então aqui só a imaginar... Elucubrando
Será que fiz valer à pena?
Hildebrando
Nota: Obrigado Lufague querida os teus versos intensos sempre fomentam os meus.Aqui ficou melhor assim porque em vida a gente se entrelaça, mas na morte essa é única e unilateral para cada qual... Prefiro o entrelace contigo na vida rs. Mas me senti pelo teu ofertório de incluir meu comentário em versos, como que
imortalizado e "enxertado no coração da divindade" embora possa parecer um tanto exagerado, mas é o que sinto, de fato, ao ver como você intui tão bem sobre os mistérios... É sempre uma aula para mim e uma recompensa estar ao teu lado.
Referência:
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/insond-vel-mist-rio?xg_source=activity