As incompletitudes da vida


Existe um veneno que mata a alma aos poucos.

Dia a dia vai definhando

Só quem já sentiu seus sintomas sabe como mata lentamente.


Desejos reprimidos.

Vontades refreadas.

Águas turbulentas no fundo.

Na fonte represadas.

Por cima águas calmas

Calmas como a brisa

Suavemente onduladas.

Pelo vento sendo embalada.

Seguindo a onda do momento.


Por baixo um furacão

A moda da estação.

Seguindo o que a maioria segue.

Na roda viva da vida.

Que se repete em seu circulo

Tortuoso.

Vicio opressivo.

Fadadas a uma rotina sufocante.


Quando as águas se agitam não tem ser humano que resista, por mais que seja forte.

Quem levantará de seu interior

Sua força superior

Quem lhe tolhe a força,

Quem lhe reprime o grito?

Quem desatará o nó que o prende, surpreende

E oprime?

Quem sufoca a vontade de voltar a ser corajoso?


Um dia do fundo de seu torpor sairá a vontade de gritar

Pois da força da tempestade interior não escapa.

Precisa do antídoto

Sai a buscá-lo pelos mundos

Cai,levanta,chora e ri.

Mas não desiste.

Enquanto não levanta sua Pena

E escreve seus dilemas            





(Neste texto falamos sobre o desespero de um escritor quando não consegue escrever.O bloqueio...)
Su Aquino e Adilton Gomes Silveira
Enviado por Su Aquino em 12/10/2011
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T3271518
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