NESGA DE LUZ (Dueto com Anderson Fabiano)

(Anderson Fabiano e Mario Roberto Guimarães)

De um ponto qualquer do nada,

Insinua-se tênue, uma nesga de luz...

Dolente e melancólica como um blues,

Tocaiando sombras vãs sob a escada...

Sentimentos amontoados e crus,

Arrastam grilhões na madrugada,

Buscando cais na fêmeamada,

E, dão-se ao seio primeiro, que os seduz.

Mas aquele que, no amor, faz morada,

Paciente, espera a hora certa,

Quando há de ter nos braços sua musa...

Tem, por força motriz que o conduza,

A solene e perfeita descoberta

De ter nela, o norte da estrada.

As quadras são de Anderson e os tercetos de Mario.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 23/12/2006
Reeditado em 30/06/2009
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