O AMOR DA CIGANA ( Arlette Santos / Eduardo Samuel Ferreira )

Bailando na praça de Sevilha, com alegria

Oferecestes tua mão para eu ler o teu destino

Mas Oh! Desatino! Em tuas linhas estava escrito

Que me amarias e seria teu o meu coração.

Achava isso uma bobagem, pura magia! Mas não

pude conter a emoção quando tocou a minha mão.

Tive a impressão que já te conhecia, surgiram

várias cenas de uma outra encarnação.

Assustada eu fugi. Como poderia amar um gadji?

Esquecer que sou cigana, abandonar a minha raça

Às cartas perguntei, e elas revelaram:

Cumpra o teu destino, bebam juntos da mesma taça.

Não adianta fugir, a vida nos fez reencontrar

aquele antigo sentimento que tanto insiste em aflorar.

O meu destino é realmente com você, isso não posso negar.

Venha comigo para longe, não vamos deixar a felicidade escapar.

Aflora em meu coração um amor que eu desconhecia

Seguirei junto a ti. O destino não se engana

Te amarei sempre, por todos os meus dias

O verdadeiro amor transborda de minha alma cigana.

Não quero que deixe de ser cigana,

mas viva comigo as suas tradições.

Farei você sentir na nossa cama,

o bailado de Sevilha em nossos corações.