SOLIDÃO (Dueto com Ana Joaquina)
(Ana Joaquina e Mario Roberto Guimarães)
É doloroso viver neste tormento,
Seguir solitário o meu caminho,
Martírio que me assola a alma,
Como se ela não me pertencesse,
A saudade permeia meus pensamentos,
Que se movem em torvelinho,
Preciso manter a calma,
Elevar a voz numa prece.
Meus dias ao longe se vão,
No tempo que, lento, se arrasta,
Nas tristes tardes de outono,
Desprovidas do encanto das flores,
O amor arrebata meu coração,
Mas, as dores, não afasta,
A melancolia perturba meu sono,
Sonho com um mundo sem cores.
Preciso fugir da solidão,
Encontrar alguma saída,
Viver assim já não faz mais sentido,
Tudo se me torna um fardo,
Amar-te foi apenas ilusão,
(Não me fale de amor ou despedida),
Não passou de tempo perdido...
Só me resta a alma de bardo.
Quisera eu voltar no tempo,
Talvez fosse a solução,
De amor não mais falaria,
A não ser em minha poesia,
Controlaria meus sentimentos,
Lacrando, até, o coração,
E tuas mentiras jamais ouviria,
Mas há de nascer um novo dia.
Dueto em versos alternados. Os versos ímpares são de Ana e os pares de Mario.