SEXO E AMOR

O que importa é o prazer,

gostando pouco ou bastante,

não pode ficar destonante,

tem que colorir a cada instante.

Canetinhas, lápis de cor,

grafite, tintas, pincéis,

o que vale é o tesão,

quem sabe, o amor.

Pinta uma aquarela,

pendura na janela,

junto fica a alma dela.

O amor rabiscado no giz de cera,

desenhado por uma feiticeira

toda destrambelhada,

alegremente triste,

desgarrada de tudo o que existe.

Não tem pretensão de nada,

ela quer é tudo!

Um silêncio, fica muda,

tira a roupa, se desnuda,

larga a tela e pinta o corpo,

larga a aquarela e pega o esmalte,

pinta o dedo indicador

com aquela cor do amor,

o vermelho que combina

com o desejo da maçã,

o fruto proibido do amor primeiro,

se entrega de corpo inteiro!

Muda de idéia, pega o cigarro

e acende o isqueiro, que labareda!

Acende, a cor do fogo é laranja,

esquenta como o sol amarelo,

que mancha o dedo médio

e com ele faz amor,

com a sua imaginação,

perde todo o pudor.

Regina Zamora (Rasz) e Marcia Mattoso

Revisado por Marcia Mattoso