ROSA SILENCIOSA, ESCUTA-ME!
Não silencias...
Vem para o céu, em minha companhia.
Sem mim, não conhecerás as nuvens;
posso chover todos os dias,
no mesmo jardim e acariciar uma única rosa.
Posso sangrar-me em espinhos,
para dela, sentir um pequeno carinho.
Posso rouba-la, mas, seria eu um egoísta?
Porque não dividi-la com os passarinhos!
Eu que a rosa amo, apenas sonho...
Quem sabe um dia, ser um beija-flor;
para beijar, suas pétalas molhadas...
Absorver o seu doce perfume em silêncio.
Olhar-te enamorado, confessar-te o meu amor.
Sou poeta, semeio meus versos,
na esperança de encanta-la.
Ah! rosa bela, que minh'alma afaga.
Por que temeria vê-la, envolta em espinhos;
dos jardins de onde venho,
não se morre com veneno,
cura-se com teu carinho.
Rosa que minha vida alegra,
seja viva,
seja bela,
seja para minha vida a alegria eterna.
É meu coração, gritando meus sentimentos;
minha voz, seguindo junto ao vento...
Soprando em teu encontro,
para enxugar-te o pranto.
Rosa... Essas gotas, que de tuas folhas rolam,
são lágrimas de Deus, também por ti encantado;
amar a natureza, não é pecado...
Triste, impuro, é deixar o coração á natureza... Solitário.
Vem rosa minha, calar-me a voz;
secou-me a fonte, porém meu grito perpetua...
Amada minha,
Rosa minha... Eu te amo!