ROSA SILENCIOSA, ESCUTA-ME!

Não silencias...

Vem para o céu, em minha companhia.

Sem mim, não conhecerás as nuvens;

posso chover todos os dias,

no mesmo jardim e acariciar uma única rosa.

Posso sangrar-me em espinhos,

para dela, sentir um pequeno carinho.

Posso rouba-la, mas, seria eu um egoísta?

Porque não dividi-la com os passarinhos!

Eu que a rosa amo, apenas sonho...

Quem sabe um dia, ser um beija-flor;

para beijar, suas pétalas molhadas...

Absorver o seu doce perfume em silêncio.

Olhar-te enamorado, confessar-te o meu amor.

Sou poeta, semeio meus versos,

na esperança de encanta-la.

Ah! rosa bela, que minh'alma afaga.

Por que temeria vê-la, envolta em espinhos;

dos jardins de onde venho,

não se morre com veneno,

cura-se com teu carinho.

Rosa que minha vida alegra,

seja viva,

seja bela,

seja para minha vida a alegria eterna.

É meu coração, gritando meus sentimentos;

minha voz, seguindo junto ao vento...

Soprando em teu encontro,

para enxugar-te o pranto.

Rosa... Essas gotas, que de tuas folhas rolam,

são lágrimas de Deus, também por ti encantado;

amar a natureza, não é pecado...

Triste, impuro, é deixar o coração á natureza... Solitário.

Vem rosa minha, calar-me a voz;

secou-me a fonte, porém meu grito perpetua...

Amada minha,

Rosa minha... Eu te amo!

Sandro Colibri e Fernanda Gui
Enviado por Sandro Colibri em 04/12/2006
Reeditado em 17/08/2011
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