POBRE DO "EU"
POBRE DO EU!
Pobre do eu, se ufana, se gaba e está em desdouro,
na vil solitude eivando a mísera sorte.
Se bruxo fosse, faria encanto bem forte,
sobre si desfazendo o terrível agouro.
Pobre do eu, nem sei se tenho o grado suporte,
que bruxo me torne o fado ou me faça um mouro,
ou, então, um xeique que nade em mares de ouro,
pra escapar com vida desta vida que é morte.
Eu fico silente, meditando as raízes,
pois que, empós tantos anos do tempo vivido,
eu sonho acordado com momentos felizes!
Por certo foi um mouro cristão que me há ferido;
no peito sangrante ainda trago as cicatrizes.
Jamais foi obra do dardo de um doce cupido.
Afonso Martini
Obrigado, Mariaw, pela belíssima interação com que me honraste
S O M O S
Rica sou eu que tenho a sorte
Faço dos desafios minha força
Quero alegrar tua inspiração forte
Quero lhe entregar a foiça
Vem , meu bruxo encantado
Mostra-me caminhos virgens
Enfrentaremos juntos atados
Juntos, com emoção somos vertigem
Acorda, meu príncipe forte
A vida é um lindo acorde
Somos a mais pura emoção
Somos todo coração
O cupido lançou sua flecha
Não nos esconderemos
Somos um passado
Somos um passado que se fecha
Maria Walraven