POBRE DO "EU"

POBRE DO EU!

Pobre do eu, se ufana, se gaba e está em desdouro,

na vil solitude eivando a mísera sorte.

Se bruxo fosse, faria encanto bem forte,

sobre si desfazendo o terrível agouro.

Pobre do eu, nem sei se tenho o grado suporte,

que bruxo me torne o fado ou me faça um mouro,

ou, então, um xeique que nade em mares de ouro,

pra escapar com vida desta vida que é morte.

Eu fico silente, meditando as raízes,

pois que, empós tantos anos do tempo vivido,

eu sonho acordado com momentos felizes!

Por certo foi um mouro cristão que me há ferido;

no peito sangrante ainda trago as cicatrizes.

Jamais foi obra do dardo de um doce cupido.

Afonso Martini

Obrigado, Mariaw, pela belíssima interação com que me honraste

S O M O S

Rica sou eu que tenho a sorte

Faço dos desafios minha força

Quero alegrar tua inspiração forte

Quero lhe entregar a foiça

Vem , meu bruxo encantado

Mostra-me caminhos virgens

Enfrentaremos juntos atados

Juntos, com emoção somos vertigem

Acorda, meu príncipe forte

A vida é um lindo acorde

Somos a mais pura emoção

Somos todo coração

O cupido lançou sua flecha

Não nos esconderemos

Somos um passado

Somos um passado que se fecha

Maria Walraven

Afonso Martini e Maria Walraven
Enviado por Afonso Martini em 12/07/2011
Reeditado em 31/10/2014
Código do texto: T3090588
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