Onde é que tá escondidinha a pele?
No raiar da noite
O luar
Branco
Como as espumas
Do mar
Da entrega.
O mar
De a gente
Se dar.
No enquadre das silhuetas
Negras das árvores
O misterio e o espanto
Em contraste
Com o azul
Anil
De um cinza
Desmanchado
Faz as notas de um acalanto
Ouve-se o som da Lua, que diz:
“- Vem!
Passe por entre a folhagem
Os galhos
Escuros
Enfrente
Enfrente
Enfrente
Seguindo
Em frente...
No ritmo
Das ondas de um mar
Mal quase conhecido
E do badalar dos
Sinos
De uma cidade a cantar
De tão encantada.
Ouça enfim,
A voz do luar”
Caminhemos nós com a Natureza
Diante dela expressemos
Nossas sensações sem fim.