3 3 9 1 - SAUDADES DA INFÂNCIA.

ELIO CANDIDO DE OLIVEIRA. E CARLA BUENO

*-*-*

Nossa que tempo que se faz.

Lá se tínhamos nós a paz

Grito da fome é o se ouvia

Como choro dos irmãos a rebeldia.

*

Nossa!

Não tinha idéia da saudade.

Que iria ter um dia de verdade.

Uma casa pequena em extensão.

Com grande carga de amor e emoção,

*

Nossa que tempo se faz.

As broncas que se levava das artes executadas

E como não se lembrar das chineladas.

Mas hoje a certeza se processava paz.

*

Nossa que tempo faz!

Mas a mente hoje a forçar.

Infância é sempre de comemorar.

Pois saiba lá não vamos voltar.

*-*-*-

Nossa quanto tempo faz!

Mas não me lembre de tempo.

Lembre-me dos sorrisos

Lembre-me de ser feliz.

Que é o que sempre quiz.

CARLA BUENO.

Que saudades de outros tempo, quantas memórias!

A inocência da infância transformava dias frios em dias de glória,

Como o tempo muda a nossa história,

Como agente sonhava, e, com tantas vitórias.

Que saudades de me imaginar num futuro como alguém importante,

Respeitada e amada por todos ao meu redor,

Desejaria mais que tudo nesse instante,

Voltar no tempo para estar vivendo hoje esse futuro melhor.

Saudades de poder pensar sentada no chão do quarto,

Em meu príncipe encantado que tanto descrevia nas poesias,

A vida não tinha outro problema,

A não ser encontrar o inspirador de minha alegria.

Daí vem o futuro, cheio de responsabilidades,

E muita conta pra pagar,

Ficamos tanto com problemas para sempre mentalizados.

Que não há mais espaço para sonhar.