Linhas do Destino
Entre as linhas que eu teço agora
-Entremeio a realidade e a fantasia-
Verso risonho, dissimulado, chora
Enquanto verso triste simula alegria.
E este anacronismo que aqui retrata
-A parte fraca quer prender a forte-
Se meu caminho quer levar pro sul
Seu caminhar conduzirá ao norte.
Entre o impasse desse ir e vir
Tem o consenso para o versejar
Se a linha reta vai nos conduzir
A tortuosa quer nos encantar.
Uso o bom senso, inspiração e tino
Reverto o reverso e me ponho a riscar
Sigo e teço nas linhas do meu destino
A dubiedade fascinante do verbo poetar.
Minas/Rio