Holocausto em Mato Dentro

Itabira se perdeu de mim

E esqueceu-me num sorriso falso

A arte aqui caminha para o fim

Nas plataformas de um voo que não alço.

Venho observando tudo e nada vejo

E quando o faço é como se não tivesse visto

Ainda assim tomo um lugar nesse cortejo

Para o funeral da poesia que assisto.

E cabisbaixo, porém não submisso

Não vou levar comigo esse homicídio

Porque deixar calar a voz é fracassar.

É como ter alguém pra não pensar

Nem ver sentido algum no genocídio

Da hipocrisia que diz não ter nada com isso.

Itabira MG

No Finados de 2009

Marçal Filho e Marcos Gacê
Enviado por Marçal Filho em 13/06/2011
Reeditado em 05/07/2015
Código do texto: T3032733
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