Holocausto em Mato Dentro
Itabira se perdeu de mim
E esqueceu-me num sorriso falso
A arte aqui caminha para o fim
Nas plataformas de um voo que não alço.
Venho observando tudo e nada vejo
E quando o faço é como se não tivesse visto
Ainda assim tomo um lugar nesse cortejo
Para o funeral da poesia que assisto.
E cabisbaixo, porém não submisso
Não vou levar comigo esse homicídio
Porque deixar calar a voz é fracassar.
É como ter alguém pra não pensar
Nem ver sentido algum no genocídio
Da hipocrisia que diz não ter nada com isso.
Itabira MG
No Finados de 2009