Carmem Teresa e Walter de Arruda
AMOR
DOCE MISTÉRIO I
Vamos,
Detenha teu silencio
Que deixa a voz enrugada
Posso te ouvir na ausencia das falas...
Todas as tuas angustias são nada
Quando gritas da espera
A inquietude...
Quando me falas
Sinto que desconheces
O adeus, sei que as palavras
Fazem o teu Ser
Sentir
Os passos
De tua poesia
É saber reconhecer
O silencio do amor... Saber
Que a presença é a voz permanente
Que ao mundo dá forma,
Misterio e eterna
Companhia...
A Poesia...
Que é afinal
Sonho que acorda
Uma canção que não sai
Do pensamento e incita a Poetisa
A imaginar os infindos mundos
Onde caminha seu Amado
Ah! Poesia
Essa doçura
Que estremece...
Coração sísmico
Nível dez... Ponto alto
E porque não ainda mais
Ao sonho do poeta nada é impossivel
É um mundo, não é fissão
A própria fusão nuclear
Esse é o Poeta
Esta é a Poetisa
Dos versares
Mais lindos
A poder
Existir
***
É a eternidade...
***
Carmem Teresa e Walter de Arruda
AMOR
DOCE MISTÉRIO II
A Sereia e o Boto
Ah!
Águas
Ondulas
Repetidas
Cadencias
Nas minhas
Noites quentes
Destes céus destina
Somente suas idas e vindas
Canso e, sinto esse enfado triste
Ouço o sonho, ainda pressinto a Sereia
Em mar de doçura imensa azul turquesa
Que pede venha, atenda, realize seu desejo
A lenda do Boto
Estendo
Meus braços
Largos em minha
Morena forma humana...
Faço-me teu nesta minha pele
Breve, atravesso sem sentir a névoa
Do tempo... Alcanço essa ternura
De mulher... Solto-me-aprofundo
A mergulhar todos os desejos
Que emanam perfumados
Dos teus Sonhos...
Esta
Minha Lua
Morena é igual
Minha pele encantada,
Ah! Lua origem nos céus
Hoje de Ouro és Lagoa Prateada
Onde aninhas a Sereia
Que me encanta
A te encontrar
Vivas águas
Deste mar
A viver
O sonho
Que é só nosso...
***
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