Agonia/ Minha Agonia

Ana Stoppa/Edvaldo Rosa
 

Carinhos abundante amor em demasia

Povoam os sonhos calcados na nostalgia
Fantasia etérea, aérea, agoniza agonia
Desconectados pensamentos, fantasias
 
Arranhadas ranhuras fundas da alma
Cicatrizes incuráveis pedem anestesia
Caixas de surpresas presas ao passado
Rastros pegajosos do amor inacabado
 
Sussurros, vultos ecoam na madrugada
Abrem sutis os portões da melancolia
Ressuscitam impiedoso o doce passado
Relembram irônicos carinhos derrotados
 
Esvoaçam silenciosos os véus das cortinas
Abrem-se lentamente para o Sol da manhã
Que indiferente aplaca com sua luz a dor
Acalma a alma exausta na busca do amor
 

Ana Stoppa


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Minha agonia...
 
Olhar para você sem me ver em teu olhar,
Pensar estar perdido para você,
Sem sinais de que ainda pudéssemos nos achar!
Agir como louco, querendo gritar...
Por minha dor, no próprio ar que respiramos,
Ato contiguo ao de nos matar!
Olhar e ver apenas um abismo,
Tão profundo, a nos separar!
Minha agonia foi crer que era um fim...
Pensar você longe de mim,
Amando outro que não eu,
Sem ao menos de mim se lembrar!
Agonia foi pensar estar longe de ti,
Procurando em outros braços te esquecer,
Abrigando o meu prazer,
Em um corpo que não o seu...
Agonia foi pensar em te perder!
Minha agonia foi não crer no amor...
E em sua capacidade de se regenerar,
De curar em si as próprias feridas,
Que a vida teimosa quis aprofundar!
Minha agonia foi assim, um longo penar
Foi uma procura dentro de mim,
Do que realmente significa amar!
Minha agonia teve fim!
 

Edvaldo Rosa

www.sacpaixao.net