Reticências ( with Emileine Rosa )
Fernando Vieira
Quanto tempo sem te ver, mas quando foi que te deixei ir?
Não te vi, mas mesmo não te vendo, sei, sempre está aqui!
Quanto tempo sem te querer, mas quando eu te quis ter?
Sei que entende que te ter é te ter aqui, mas quero ver...
Tudo se afastou, sem deixar vestígios, sensações,
Mas tudo que se vai deixa alguma coisa, um sentimento.
Coisa essa que é mais forte que sensação, é emoção,
Sentimento mais forte do que isso, é uma conclusão...
Emileine Rosa:
Deixe vir sem nada ter que ir,
É melhor a reticências do que o ‘concluir’.
Sabe aquilo que se foi? Foram três pontinhos
Foi o que não se acabou
No primeiro . pareceu final.
No segundo . pareceu um segundo afinal de infinito irreal,
No terceiro . a certeza que tudo continua afinal...
[...]
Tudo se afastou, sem deixar vestígios, sensações,
Mas tudo que se vai deixa alguma coisa, um sentimento
Ou uma reticência!
Fernando Vieira:
...final? existe em certas ocasiões, mas nesse livro não.
Vírgulas, sim, essas, vem sempre sem fim, valem a pena ao ler.
Mas reticências...essas explicam o tudo, são formas de dizer sim e não...
Mas acabo essa poesia, sem métrica e rima, esperando acontecer...
...acontecer o que já se tornou algo breve, algo inevitável,
Viver sem ter você, não é possível, é inemaginável...
Emileine Rosa:
... Final?
Existe em certas ocasiões, mas nesse livro não.
Vírgulas, sim, essas , vem sempre sem fim, valem a pena ao ler
Mas reticências...
Acabo essa poesia, sem métrica e rima, esperando acontecer...
... Acontecer o que já se tornou algo breve, algo inevitável,
Viver sem ter você, não é possível, é inimaginável...
Não há complemento
Não falta algo, nem está preenchido
Falta esperar acontecer o que já se vê ‘acontecido’
Fernando Vieira de Camargo e Emileine rosa...DUETO: RETICÊNCIAS.
Depois de um Breve e leve Sumiço, tudo voltou ao seu lugar...
duas almas voltam a se juntar...mesmo vivendo sem ao menos ter um olhar...