Carrossel

O corpo de lutar anda cansado

As pernas tão doídas de correr

Ainda assim, não se toma cuidado

De parar um pouco para se refazer.

E assim fadados vamos todos

No burburinho desse carrossel

Perdidos como tolos, alienados

Uma pintura sem tinta e sem pincel.

O mundo cobra de nós a corrida

A vida espera também seu legado

Ao passo que não há quem dê guarida

E segue a correr corpo esgotado.

E quando enfim acordarmos

Pra entender o legado da vida

Quanto foi o valor do ingresso?

Será que valeu mesmo a corrida?

Minas/Pernambuco

Marçal Filho e Arabela Morais
Enviado por Marçal Filho em 23/05/2011
Reeditado em 03/07/2015
Código do texto: T2988924
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