Palavras que ferem

Daqueles cujo domínio próprio não controla

São como bisturi, ferem a aorta contundente.

Provocam grandes terremotos, vítimas fatais

Alheios, corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, sem pena, machucam, ferem

Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.

Golpes certeiros, premeditados duramente

Fazem sangrar, quando friamente proferidas.

É como se o humano simplesmente não existisse

E sim um animal correndo atrás da presa.

Entre palavras torpes, chulas, malévolas e ferinas

A leviandade é tão desprezível quanto a sutileza.

O ser humano, se ferido for, por vezes tantas

Provavelmente com razão acabará por revidar

Porque quem foi agredido também poderá ferir

Tornando-se tão vil como quem só fez, o maltratar.

Minas/Flórida

Marçal Filho e Glória Salles
Enviado por Marçal Filho em 18/05/2011
Reeditado em 03/07/2015
Código do texto: T2978592
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