MEA CULPA - Maria Luiza Bonini BASTA-ME José Geraldo Martinez
MEA CULPA
Maria Luiza Bonini
Perdoa por amar-te tanto...
Pelos momentos que se fazem raros
Com esse amor que é só ternura e encanto
Fazendo-te em mim, de todos, o ser mais caro
Perdoa por amar-te tanto...
Quando roubo do teu ar, em meus suspiros
Ao tentar sufocar na dor, o nosso pranto
Na ânsia louca de sobreviver, em meu retiro
Perdoa por amar-te tanto...
Nessa doce loucura em que eu te bendigo
Por me fazer dizer do amor, em todos os meus cantos
Quebrando as sagradas barreiras de um amor amigo
Perdoa por amar-te tanto...
Por meus devaneios e por todos os teus ais
Pois, in "mea culpa" cumpro a pena inebriante
De saber que, a cada dia, hei de amar-te mais
São Paulo, 23.01.10
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BASTA-ME...
José Geraldo Martinez
Eu te quero tanto, meu amor,
que às vezes deixo de me querer tolamente...
Esqueço-me por tantas vezes,
para te amar mais que a mim, somente!
Sou capaz de sangrar o coração,
quando a saudade me apunhala o peito...
Suporto tua ausência na ilusão,
que venhas aqueceres o meu leito!
Não bastasse, retalho a alma
que, sem a tua, não vê qualquer valor!
É andarilha aflita em noite de lua,
a procurar perdida o teu amor!
Eu te quero tanto, minha vida,
que erro até inconsciente.
Não vendo os dias saltitarem cheios de vida,
com mil matizes a brincar à minha frente!
E desses erros vivo,
para não me arrepender adiante...
Amar-te-ei ainda mais, se preciso,
até que me fora servido de meu último instante!
Amar-te-ei, além...
Até que eu me torne uma estrela no firmamento!
Qualquer forma de vida etérea,
além deste minúsculo tempo...
Basta-me errar te amando!
E sendo assim,
conforto-me talvez num doce engano,
que te amando,
amei também a mim.
Nunca mais que a ti !
Nunca mais que a mim!
Amando-te? Amo-me,
enfim.
Eu te quero tanto, meu amor,
que me confundo, sem saber
se, às vezes, tu sou eu...
E segue meu amor qual intermitente foz...
Ah, amor de mim, amor meu,
estamos em nós !
"Os amor verdadeiro rompe o tempo,
alcança a eternidade...
Raras são as pessoas que conseguem prová-lo,
apenas poucos privilegiados!"
(Martinez)