HAVERÁ O DIA - José Geraldo Martinez É CHEGADO O DIA - Maria Luiza Bonini

Haverá o Dia ...

José Geraldo Martinez

Haverá o dia em que vais te lembrar...

Quando estiveres com outro alguém,

um dia quando a saudade vem,

inevitavelmente, a te tocar!

Quando algo for em comum:

o sorriso, o andar, o falar, de algum

medo que confessei!

Irás te lembrar...

Haverá o dia, eu sei!

Quando caminhares displicente

por qualquer praia...

Quando te banhares no mar azul ou

olhares no céu o Cruzeiro do Sul...

Lembrarás dos dias que te ofertei!

Ainda mais, das noites em que eu te amei...

Onde fomos nós um só corpo!

Das canções que cantei,

em nossos sonhos, o nosso porto!

Quando estiveres com outro alguém,

a dançares, a beberes...

Pelas ruas, pelo bares,

por luares nas madrugadas...

Irás te lembrar!

Quando algo for incomum...

Dele, comigo!

E, na distância de cada um,

acordarem os momentos vividos...

Fantasmas eternos em nossa mente!

A bailarem nos beijos que não são nossos,

nos abraços que não nos aquecem...

Na solidão de nosso ócio!

Irás te lembrar, quando a saudade

se fizer pesadelo...

Quando por nossas ruas passares

e as flores perguntarem por mim,

querendo ser roubadas pelos jardins

para enfeitarem os teus cabelos!

E, nesta saudade que quase mata,

há de lembrares de coisas miúdas...

Das horas curtas que jamais tornam e das

alegrias baratas!

Da chuva no chão...

Os dias de sol e calor!

Da estrela D'Alva na amplidão...

A receber o nosso amor!

Quando o vento soprar em tua janela

e outro te cobrir do frio...

Ainda que não te aqueça o peito vazio

a alma sozinha!

Haverás de sentir saudade minha!

Igual esta que sinto de ti e me faz

debruçar em triste pranto!

Quando pensei que estivesse a tudo esquecido,

nos amores fugazes... quantos!

Houve o dia em que paguei

meus pecados, é verdade!

Que chorei inconformado...

Haverá o dia em que tu pagarás os teus

com moedas de saudade!

É Chegado o Dia ...

Maria Luiza Bonini

Ao versejar,

poeta amado,

erraste o tempo do verbo

O haver saudades não é pretérito e sim presente

De tua saudade estou ciente

És-me constante presença ausente

Tua figura, não sai de minha mente

Dói em mim saber o que tu sentes

Sou e haverei de ser

Tua sempre amada, até morrer

E ainda assim, o haver persiste

De te amar, eternamente

21/04/200808

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Maria Luiza Bonini
Enviado por Maria Luiza Bonini em 16/05/2011
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