Dueto Ana Stoppa/Sergiomarcio.

Amor Plangente


Ao sabor do vento esvoaçam as finas cortinas

Leito intacto, viver tosco embalado na rotina

Pausas, perdas anunciadas remetem ao nada

Redoma intacta da alma outrora apaixonada



Nos atrozes desatinos, busco outro caminho

E nesta desventura, me tornei triste, sozinho

Deve ser loucura, mas, vi seu rosto na neblina

Nos meus rútilos delírios, onde tudo se imagina



Ausência de movimentos, sons, cores, aromas

Angustiante a espera dos carinhos inexistentes

Sonhos tênues, sensações jamais vivenciadas

Desejos incontidos de provar o amor latente



Eu tentei, sempre, e busquei outros olhares

Tua sombra me seguia, em todos os lugares

Preso às lembranças, feito foto envelhecida

Apagada, plangente, se tornou a minha vida,



Mar de lágrimas a esperar de o dia renascer

Nos umbrais das catedrais vidas a esmorecer

Almas apressadas para entregar os carinhos

Vãs expectativas de florir solitários caminhos



Que outrora de perfumes coloriram nossa vida

Enfeitando-me, agora, quando viro e te vejo

Beijando-me ternamente, parecendo despedida

Desesperado grito, mesmo assim segue cortejo.

Ana Stoppa/ /Sergiomarcio.

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 15/05/2011
Reeditado em 15/05/2011
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