MORRER DE AMOR CALADA
Jurei nunca mais falar com você,
Jurei nunca mais compor nenhuma poesia
Ou canção falando de amor...
De um amor que é além do palpável,
Além da vida e do provável,
Jurando por minha honra,
E, até por Deus Nosso Senhor.
Agora depois da raiva passada,
Da burrice atestada e comprovada
Na palavra empenhada, impensada;
Encontro-me num impasse...
Pois se calo o amor que sinto,
Se com você não falo,
E sem recorrer à poesia
Para os meus devaneios e desabafos;
Estarei em vida morta de fato.
E o que hei de fazer,
Com tanto amor desperdiçado,
E com os sonhos não realizados?
Ver a vida com o “ olhar realidade”
Deixar a “obra” inacabada,
E morrer de amor calada?
Ysolda Cabral
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SE AINDA NÃO DISSE...
Se ainda não disse, foi perda de tempo;
Não disse antes, amor, e então lamento.
Criei expectativas, sem nunca te falar,
Mas vou dizer agora, já não posso calar,
A confissão que esperaste tanto tempo…
Tanto tempo de espera que eu lamento!
Digo-te enfim, pois o Universo até conspira:
- Acredite, amor, isto não é mentira…
Sempre cuidei deste segredo te esconder,
E já nem sei se ainda quererás saber…
Não adivinhas? - Ó dor, como estou triste!
Certo é o ditado que diz: não deixe pra amanhã!
E eu deixei… De que adianta agora o meu afã,
Dizer “te amo” querido, se partiste?
Mírian Warttusch
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Lindo demais, Mírian. Obrigada!!!!