Simbiose do Amor

 
Amor tomo emprestado o prateado da lua
Para aquecer o frio que passeia na alma tua
Desejos a invadir as sendas da amargura
Neutralizar a desilusão do mal que o tortura
 

Envolvendo com o manto da quimera impura
Um peito vazio com a máscara da tristeza
Imerso na peçonha da dúvida com aspereza
E grito tentando reviver a chama com doçura
 

Amor quero ser colo para o teu desalento
Fazer tua alma sentir-se como doce criança
Reavivar em teu ser o carinho, a esperança
No afago demorado que há muito precisas
 

Mas como? Esquecer os espinhos, o ilídio
Dessa alma carregado de dor, sou pedra
Pois as portas do inferno estão no paraiso
Mas cercadas de rosas e lírios e persuasão
 

Se quiseres contaremos infinitas estrelas
Esperaremos juntinhos o nascer da manhã
De mãos assistiremos o espreguiçar do sol
Que radiante desperta colibris e girassóis
 

Mas lembre-se que meu fardo é pesado
Foram estilhaçados os sonhos no pranto
E tornei-me seco, aguardando a aurora
Note em minha face as marcas do tempo 
 

Alfazemas e jasmins perfumarão nosso leito
O som da vida reconstruirá sonhos desfeitos
Vivenciaremos o amor no macio do algodão
Candura da alma plena a acalmar o coração 

 
Palavras são doces contruindo a quimera
Então guie-me pelo caminho tortuoso caminho
Tirando essa alma das brumas. Mas lembre-se!
Que a beleza da rosa e cercada de espinhos


Ana Stoppa//Ricardo Vichinsky
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 26/04/2011
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