Dueto Mineirucho
_ Meu amigo me convidou pra duetar
Fiquei incebando, não sabia muito o que escrever
Mas ele começou a inticá
Então, vamos lá Alexandre, começar a se intertê
_ Uai, diga gaúcha
diga como se fossemos linguagens do mundo
a linguagem é uma
nós somos as formas
somos o mundo...
_ Queria escrever algo tri legal, mas ando meio atucanada, pestiada
E o amigo mineiro me deixando cada vez mais invaretada
Mas credo que eu vou arregar
Não é que eu queira te judiá, bem capaz
Mas sim te chamar pra uma peleia meu rapaz
Já que parece buenacho, vamos ver
Fala tche
_ Como é, uai... como é que vai ser
que iremos levar ou não a vida
– ou simplesmente viver –
E vivendo a poesia convivemos
E, sá, não há nada melhor que saber
Que nossa vida não tem fronteiras
Somos amizades em essência
Mesclando gírias pra viver...
_ Não quero parecer malinducada
Mas é que tenho me pexado com cada trovador
Nossa! Uns papudo pra mais de metro
Pode ser que tu não sejas mais um desses kakedos por aí
_ Que isso, gaúcha!
Tenho que falar como um mineiro
mas, te respeitar como outra espécie
_ Então não fica pescociando, pra lá e pra cá, viu guri
Responde logo, tô numa baita curiosidade
Loca pra saber se não vai dizer qualquer barbaridade
Acaba logo com essa jóssa (fazer nosso entrevero)
E misturar o que há de bom no gaúcho, com o melhor do mineiro
_ Né?
Talvez que seja, sô
Nossa vida é um dueto
...é simples conviver...
Abraço, uai.
_ Bueno! Deveras vivente!
Tu é bom de lábia e xirú como a gente
Sinta-se bem recebido por esta amiga rio-grandense...
Abraço, tche.