Desalento fugaz *Dueto com Alex Fernando*
Tua pele peleja a resistir aos toques serenos,
súbitos tremores internos na tua cerviz.
Remetendo-te sozinha à estes vales amenos,
quintais habitados dos senhores que servis.
Na branquidão deste holocausto frívolo
Aurículas inundadas pelo sangue novo
Bebo da abundante e benta água cristalina
Que jorra piedosamente da tua retina
Bebo do vinho consagrado que teus olhos derramam
com desespero e tristeza de alma perdida...
A alma fragmentada pela fúria dos pífios sentidos
grita soturna pela bonança de outros tempos passados.
Beijo-te os pensamentos e cristalizo todo pesar
de seu glorioso viver, temer e habitar impetuoso.
Saudosíssimo de teus presunçosos tormentos por amar,
vejo-me na derradeira hora da fulga de teu amor esperançoso.