Desalento fugaz *Dueto com Alex Fernando*

Tua pele peleja a resistir aos toques serenos,

súbitos tremores internos na tua cerviz.

Remetendo-te sozinha à estes vales amenos,

quintais habitados dos senhores que servis.

Na branquidão deste holocausto frívolo

Aurículas inundadas pelo sangue novo

Bebo da abundante e benta água cristalina

Que jorra piedosamente da tua retina

Bebo do vinho consagrado que teus olhos derramam

com desespero e tristeza de alma perdida...

A alma fragmentada pela fúria dos pífios sentidos

grita soturna pela bonança de outros tempos passados.

Beijo-te os pensamentos e cristalizo todo pesar

de seu glorioso viver, temer e habitar impetuoso.

Saudosíssimo de teus presunçosos tormentos por amar,

vejo-me na derradeira hora da fulga de teu amor esperançoso.

Leitora BNFS
Enviado por Leitora BNFS em 18/04/2011
Reeditado em 18/04/2011
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