O TEMPO CONSPIRANDO

Ate parece meu amor,

que quando a tarde se aproxima

o relógio por pura cisma,

tenta andar mais devagar.

Tem ciúmes do nosso encontro,

momento de extrema felicidade,

quando as luzes da cidade

brilharão com mais intensidade,

na alegre e silenciosa algazarra

festejando um lindo apego.

Então o tempo cruel,

quer impedir essa união

e como numa marcha fúnebre,

conta devagar os segundos mortos

desenhando um crepúsculo triste

para desencorajar nós dois.

Bem no meio dessa angústia,

de espera e contra mão,

o tempo conspirando,

mas a tarde se esvaindo

por entre os mantos da noite,

que espera alcoviteira

o coito dos dois amantes.

E o amor tenaz lutando,

contra tudo que nos oprime,

catando paciente os segundos descartados

para construir horas noturnas,

onde nos entregaremos corpo e alma

na mais explosiva paixão.

Lenna e Neto Madeiro

Joaquim de Sousa Madeiro
Enviado por Joaquim de Sousa Madeiro em 30/03/2011
Código do texto: T2880107
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