Sigo (Edu e Sueli)
Sigo
Sueli
Sigo perdida, cumprindo sentença:
Viver sem sua presença,
Respirar a sua ausência.
Olho o aflito infinito,
Que insiste num grito
Triste, cheio de angústia, incontido
Perder-se no vazio mantido
Pela dor do não-ter-sido.
E continuo a seguir caminho
Entre rosa e espinho,
Sol e tempestade,
Aguardando que o Mistério,
A quem chamamos de Vida,
Teime com o Destino matreiro,
Em cruel disputa.
Edu
Sigo adiante sem olhar para trás
Deixo meus medos
Minhas lembranças
Perderem-se com o tempo
Na memória so a ficar
Resíduos de lembranças
Poesias interminadas
Palavras não ditas
Palavras mal ditas!
Desejos incontidos.
A rosa ficou a desabrochar
Não quis mais colher nem regar
Espinhos me arranharam
Feridas cicatrizaram
Caminho com o vento
Batendo no meu rosto em movimento
Sigo se medo de mudar o meu tempo!
Sol a esconder
Tempestade a começar
Resposta não busco mais
Apenas sigo em silencio
Sem buscar mais as respostas.