::: Morfologia Poética :::

(Lucas)

O véu do tempo se rasgou

E levou junto o meu coração

Num vento violento

Carregado de saudades suas

Onde está a brisa leve de teu dia azul?

A tempestade de amor que nos unia

No aperto de um abraço bem dado

Onde esta tua cor, teu sorrir, teu compor?

Onde estás?

(Ana)

Não gosto da dureza dos verbos

Antes, a sutileza dos adjetivos

Embora, entristecido, por ausência

Não foste, meu verso sob o teu

Num complemento, jamais mudança

Sem esses versos enlouqueceria

Mas, essa agonia tem me matado,

Em um verso terminado

No adjetivo: Melancolia.

(Lucas)

Tua dor é também minha

E de doer o coração padece, e faz prece

Para que do meu nunca desanime

Se fosse adjetivo, seria agora louco

Por teu ser ver de perto

Para aliviá-la de teu tédio, tua melancolia

Mas a noite sombria arrancou você de mim

Dos verbos gosto da ação, e do adjetivo

Tua sutileza empregada no verso

Que ao vento vem a mim

O mesmo que devolve o meu

Envolvido no coração

Este que é teu

(Ana)

Carrega-se no verso o lirismo

Da forma que puder

Na morfologia do verso

Entende-se o que bem quer

Sem mais o que declarar

Acabo, enfim, este verso

Com o verbo: Terminar!

(Lucas)

Aproprio-me do verbo amar

Eis o que declaro

No lirismo da cantiga do sentimento

Ai esta você...

Ai esta a cor, o sorriso e o compor

Obrigado pela sutileza, pela destreza

Pela leveza que deste ao meu respirar

E teu verbo faz valer

Termino aqui este poetar.

Ana Luisa Ricardo e Lucas Campi
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 05/03/2011
Reeditado em 02/02/2012
Código do texto: T2830495