Cemitério da morte eterna

Um louco

não merece

ser enterrado

no cemitério de animais

mesmo que sua alma

esteja implorando

por um copo de veneno.

Louco!

É quem deixou de amar

Enterrando junto com ele,

Todo o amor.

No cemitério da morte eterna

Pois o amor é vida vivida

Quando se ama sem temeridade.

Louco!

Desenhando com sangue,

seu coração virou pedra

e suas lágrimas

poluíram

uma noite estrelada.

De um coração louco!

Lágrimas escorram

Por viver a insana insensatez

De esconder-se na sombra

Da noite escura para não

Ver a beleza do amor que verteu.

Um coração louco,

Não vê o mundo

com olhos vivos

sua alma!

Já nasceu morta,

mas não sabe

onde foi enterrada.

Loucura das loucuras,

É ter enterrado todos os sonhos

No cemitério da morte eterna

Porque com essa morte,

A vida perdeu o prumo

Que dá a sustentação ao equilíbrio

Fazendo o louco,

Que vive a loucura existencial.

Fred Albano e Lucimar Alves

fred albano
Enviado por fred albano em 26/01/2011
Código do texto: T2752831
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