Cemitério da morte eterna
Um louco
não merece
ser enterrado
no cemitério de animais
mesmo que sua alma
esteja implorando
por um copo de veneno.
Louco!
É quem deixou de amar
Enterrando junto com ele,
Todo o amor.
No cemitério da morte eterna
Pois o amor é vida vivida
Quando se ama sem temeridade.
Louco!
Desenhando com sangue,
seu coração virou pedra
e suas lágrimas
poluíram
uma noite estrelada.
De um coração louco!
Lágrimas escorram
Por viver a insana insensatez
De esconder-se na sombra
Da noite escura para não
Ver a beleza do amor que verteu.
Um coração louco,
Não vê o mundo
com olhos vivos
sua alma!
Já nasceu morta,
mas não sabe
onde foi enterrada.
Loucura das loucuras,
É ter enterrado todos os sonhos
No cemitério da morte eterna
Porque com essa morte,
A vida perdeu o prumo
Que dá a sustentação ao equilíbrio
Fazendo o louco,
Que vive a loucura existencial.
Fred Albano e Lucimar Alves