PARA UMA PEÇA!

DIÁLOGOS::::::::

P: Então quer dizer que você é o rapaz?

J: Talvez.

P: Talvez por quê?

J: Eu não posso ser aquilo que queres.

P: Eu não entendi.

J: Talvez não era para entender.

P: Você nunca pode dizer o que não vão entender.

J: Gosto de falar por meias palavras não tenho saco para ficar dando explicações.

P: Para um pensador palavras de baixo escalão são pontos à menos.

J: Infelizmente somos não mais que pontos nesta sociedade, não é?

P: Vamos direto ao assunto.

J: Ainda não estamos nele?!

P: Não disperce, aqui estamos para falar sobre esta tua audácia de querer ocupar espaços que talvez você não esteja qualificado para estar lá.

J: Bem vamos por partes, pacificamente não se constrói um império sem ocupar espaços vagos, onde não esteja delineado à ninguém, meu intuíto, segundo intém, não é tomar espaço de niguém, mas apenas fazer nascer flores em terras antes impordutivas e nesta, idem, não dizia que para se ocupar precisava de formação, além da inteligência.

P: A inteligência não pode transgredir à lei.

J: Se a lei limita conhecimentos então não estamos vivendo um mundo livre e sim um planeta opresso juridicamente.

P: Infelizmente tem que ser assim, se não jovens como você acabara com o mundo.

J: Ou reconstruirá-lo.

P: Como?! Agredindo uma sociedade?

J: se é agredir a sociedade obrigá-la à pensar e desalienar-se. Sim!

P: Mal criado.

J: Não, audacioso.

P: A audácia se constrói com os anos e você tem dezenove anos.

J: Então isso quer dizer que um querentão tem idade para ser sinônimo de responsabilidade, bom senso e audácia.

P: Sim!

J: Faltou senso crítico nesta tua resposta, que deveria ser: seria.

P: Eu sou um dos melhores críticos deste país.

J: Para ser um bom crítico tem que ser bom observador.

P: Um jovenzinho igual à querer ensinar um vigário à rezar padre nosso é uma afronta rapaz.

J: Desculpe mas essa não devia ser sua reação diante da minha ação.

P: Eu sou um ser pensante.

J: Ah é... eu também...

P: Você tem formação em?! ou ainda está no ginásio?

J: Em conhecimento e já terminei o segundo grau.

P: Eu tenho anos de estudo.

J: Para se defender uma tese não precisa ter anos de estudo meu senhor, basta deidcar-se grande parte do seu tempo analizando no próprio meio indeprente das classes, o que se propõe a defender, e pelas ruas respontas e questionamentos o senhor tem se achado velho de mais e o tempo diga-se de passagem não te faz pensante apenas amadurece sua idéia ou a corrompe, pensadores já nascemos.

P: Não é o que os jovens mostram.

J: A maioria deles foram corrompidos, pobres coitados alienados, mas talvez eles mostram o que vocês desejam ver ou talvez foras as suas regras e leis.

P: Talvez se eles seguissem as regras e as leis não transgridiriam caminhos na sociedade.

J: Talvez se eles fossem menos podados por escolas, faculdades, emprezas, políticas e telecomunicações, estes jovens transgressores construiriam seus próprios caminhos.

P: Caminhos para o inferno são muito fáceis de se construir.

J: Com certeza afinal de contas já nascemos sobre caminhos infernais e turbulentos, talvez devecemso construir caminhos para um céu, são difíceis mas nada que uma cabeça pensante não consiga.

P: Ah é, para o céu?! Jovenzinho onde você o vê? só os cristãos enxerga-o...

J: Meu senhor eu não disse "o" eu disse "um" é indefinido.

P: Pobrezinho você tem esperança?

J: Não sou movida pela vontade de lutar.

P: Um ser pensante não usa a força muito pelo contrário pede licença e desculpas.

J: Para quem e para quê? Eu não vou passar por caminhos ocupados, muito menos pisar ou derrubar alguém, idém, a força será usada para construir.

P: Não se contrói sem permissão.

J: O mundo por acaso é de alguém e por falar nisso Deus recebe ofícios lá no céu.

P: Tem vários donos e Deus não existe.

J: Eu também sou dono e com certeza Deus não existe para os pobre mas para os ricos Deus da mansões, carros importados, mísseis, foquetes, palácio, igrejas, terras e mais terras e até escravos falsamente assalariados ou como costumam chamar proletariados, o que mais Deus dá para vocês? Ah, será que vocês a classe dominante não são Deuses?

P: Não sei, usei a força do pensamento para ter o que eu tenho.

J: Ah, e os braços do pobre também.

P: Alguém tem de suar a camisa, não é?

J: Com certeza você, saberas disso quando eu começar minha luta, ainda que seja correndo.

P: Amanhã mesmo pedem sua cabeça.

J: O difícil é conseguir.

P: Tudo se compra.

J: Até mesmo um diploma.

P: Você está preso em nome da lei.

J: Isso também se compra.

P: O que a prisão?

J: Não a lei.

P: Eh! Você está realmente afim de afrontar.

J: Não mas apenas provar que ainda existem cabeças pensantes nesta sociedade.

P: Sobre nosso comando.

J: Vamos ver até quando, uma grande império sempre cai.

P Não estaremos vivos para vermos isso.

j: Talvez você não por estar velho de mais.

P: Tenho mas saúde que você seu verme, porque tenho tempo para cuida-la, e você não passa de mais um jovem que trabalha, namora, estuda, sai a noite e faz sexo.

J: Preciso dizer mais alguma coisa? Somos jovens e como você disse fazemos mil e um coisa sem perder o pique e o tesão pelo suor derramado numa boa foda. Talvez você esteja tão entrevado nesta sua ganância pelo poder que talvez duas dessas coisas te mataria de infarto.

P: Você não vai mais escrever em jornal nenhum. Eu sou o jornalista mais lido nesta cidade.

J: Do que estás com medo? E poquê tem tanta certeza?

P: De nada meu caro, e eu sou o que ganho mais no meu ramo.

J: Tantos ai ganha muito sem nada fazer.

P: E porque você tem certeza que o povo vai gostar de ler o que escreves?

J: Não é certeza, eu sou o povo e por humildade ando em meio eles no metrô lotado, nos ônibus lotados, nas praças de alimentações ao ar livre e também nas escolas, ver-se o que so companheiros lêm, escutam e vêm.

P: Os companheiros lêm, escutam, vêm e falam o que queremos.

J: Então usarei sua transmissão.

P: Por que este sorriso?

J: Consegui te provar que ainda existem mentes brilhantes juvenis neste mundo.

P: São tão poucas que logo entram em estinção.

J: Talvez seja um bom artifício para se usar contra a elite mundial.

"SE NÃO POSSO VIVER EM DIGINIDADE COM OS MEUS. MORREI!"

- Pegue teu alasão e corra, corra para o infinito, pois do contrário, certo será sua morte.

- Fui criada com este perigo e correr eneste momento é quebrar minha tradição.

- Que tradição podes aliviar tua morte?

- Se não posso viver em dignidade com os meus. Morrerei.

- Não pensas em quem a ama.

- São por eles que eu luto.

- Farias melhor por mim se fugisse.

- Queres-me só pra ti, mas eu não sou unidade privada.

- Eu sou tua última gota deste cálice de salvação.

- Isto não é um calice e sim um veneno da corrupção.

- O que te faz relutar contra meu amor?

- E o que te faz render-se à estas falsas moedas?

- Meu amor por ti, só por ti. Tu não sabes o que é nascer pobre, não ter o que vestir, não ter o que comer, não ter nada, nada mulher, e foste a única que a mão me deste sem pedir posto, e por isso tu és minha única razão de viver.

- Assim como dei-lhe a mão sem nada pedir, dê a mão este povo de tua origem, ame amo mundo, ame à todos e não somente à mim.

- Pra que amar o mundo se à tenho?

- Por que dizeres que me ama se não entendes o valor deste sentimento?

- Por que questiona-me? Por que não se entrega? Por que não renegas tua luta e entregasse somente à mim, para o meu amor?

- Por que não acolhe ao teu povo como me acolhes?

- Não sois Cristo mulher!

- Não precisas ser um mecias para ser bom e lutar por um ideal e morrer pelo bem comum da humanidade.

- Mas não precisas morrer por este ideal.

- Maktub... Maktub... Maktub.

- Inquisição prende-a, queime-a... queime-a.

- Ora pois não me amas?

- Não a ponto de morrer por ti.

- Então não conheces o valor deste amor que me dedicas, pois eu morro por ti e por este povo oprimido.

- Morres pelo teu egoísmo, de atender apenas as tuas vontades.

- Se não posso viver em dignidade com os meus. Morrerei!

MONÓLOGO: "NÃO MATEM NOSSOS FILHOS"

Nazistas... nazistas...

farcistas... farcistas...

farça capitalista.

Corrompidos... políticos...

povo... oprimidos...

Alienados... marginalizados...

Terceira massa

escravizados... cristianistas...

falsos comunistas

falsa humanidade

insandecida

Não matem nossos filhos

não leve minha vida!

Cavaleiro das sombras
Enviado por Cavaleiro das sombras em 22/10/2006
Código do texto: T270329