A(MAR) ABERTO
Vou de barco, atravessando o mar de minha saudade.
Nessa imensidão do meu carinho em busca de teu ser
Enfrentarei as ondas de lágrimas e o silêncio do vazio do teu toque
Remarei nas curvas da tua alma, tentando sentir teu entorpecer
Se o barco naufragar, irei a nado, antes que a dor me afogue
Lutarei mesmo na embriagues desse risco ao seu encontro
Ferido em coral, sentindo e bebendo o sal ainda que me sufoque
Preso nos fortes braços dessas águas por ti, me desprenderei
E quando enfim chegar à margem matarei a sede em que quase me afoguei
E saciarei o apetite que me massacrava pela vida na tua ausência
Abraçarei teus beijos e me cobrirei do teu amor em demasia
Adormecerei no laço do teu abraço descansando da fantasia
E recuperarei as vidas que perdi na tua ausência
E não mais sentirei a dor da saudade, decretarei tua falência
Axills /Raquel Ordones
RJ / MG
28/09/10