Acorrentado
Gritos na noite fria,
O fantasma tenta morrer de medo
Mas a vida bate na porta
E não vai embora.
La fora o diluvio continua
Mesmo com a chuva desligada.
Morte embriagada de sangue
Tomou banhos
E continua podre.
(Fred Albano)
Correntes malditas
E aquelas correntes malditas apertam o podre coração
Rasgam, deixando marcas, feridas, sem forças para sair dessa prisão.
Desejar morrer neste momento parece ser o desejo mais sensato
Mas nem sempre o que queremos é que temos, só o tempo sabe o momento exato.
Nessa vida de encontros e desencontros, o que temos nem sempre queremos,
E o que queremos, nem sempre podemos ter.
Em algum determinado tipo de prisão todos nós um dia vivemos
É pressão, é tormento sofrimento eterno.
Maltrata, espanca, esfola, esfaqueia, assusta até o ser mais assustador
Acorrenta durante uma vida inteira, causando uma tempestade de terror.
(Renata Siqueira)