Nas minhas poesias.

Azul que cega meu olhar, colore o preto e branco,

Acelera meu coração e cadencia o descompasso.

Esse seu olhar que só enxerga cegamente,

sem avisar, sente, no frio, o seu mormaço,

rabisca meu céu, tatua as suas vontades,

cimenta paredes, reergue minha estrutura,

acelera meu coração parecendo saudades.

Não consigo falar nem calar a minha mente.

Arrepio constante e o hormônio latente.

Coisas possíveis, diluídas no improvável,

Nunca me chamaram tanta atenção,

minha atenção nunca foi tão penetrável.

Prefiro estar na beira do precipício,

Até o limite exato da minha razão,

E dizer:

-Continua... Estamos quase sozinhos!

Ter-te é como nascer de novo,

mas desta vez, nos teus braços

E sobre a cama que chamamos de ninho.

Sei que devo seguir adiante, manter um rumo...

Mas tudo mudou, já imagino acompanhado,

O que me acostumei a imaginar sozinho.

Nas minhas poesias, você surgiu

E tudo virou uma

Espera a ser superada,

Uma porta que ainda não abriu,

Uma busca pelo desconhecido,

Uma constatação de poucas palavras.

É tão claro como o sol, que eu até duvido,

De como tudo mudou

Depois que você chegou,

Como se fosse mais que amigo.

Dueto : Tatianna Salles e Tiago do Valle.

Obrigada amigo poeta,adorei o resultado.

Tati Salles
Enviado por Tati Salles em 10/12/2010
Reeditado em 16/05/2011
Código do texto: T2664491
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