Nas minhas poesias.
Azul que cega meu olhar, colore o preto e branco,
Acelera meu coração e cadencia o descompasso.
Esse seu olhar que só enxerga cegamente,
sem avisar, sente, no frio, o seu mormaço,
rabisca meu céu, tatua as suas vontades,
cimenta paredes, reergue minha estrutura,
acelera meu coração parecendo saudades.
Não consigo falar nem calar a minha mente.
Arrepio constante e o hormônio latente.
Coisas possíveis, diluídas no improvável,
Nunca me chamaram tanta atenção,
minha atenção nunca foi tão penetrável.
Prefiro estar na beira do precipício,
Até o limite exato da minha razão,
E dizer:
-Continua... Estamos quase sozinhos!
Ter-te é como nascer de novo,
mas desta vez, nos teus braços
E sobre a cama que chamamos de ninho.
Sei que devo seguir adiante, manter um rumo...
Mas tudo mudou, já imagino acompanhado,
O que me acostumei a imaginar sozinho.
Nas minhas poesias, você surgiu
E tudo virou uma
Espera a ser superada,
Uma porta que ainda não abriu,
Uma busca pelo desconhecido,
Uma constatação de poucas palavras.
É tão claro como o sol, que eu até duvido,
De como tudo mudou
Depois que você chegou,
Como se fosse mais que amigo.
Dueto : Tatianna Salles e Tiago do Valle.
Obrigada amigo poeta,adorei o resultado.