Almas estigmatizadas


Noites vazias, mutismo total
Pré-fabricada solidão
Dormem nas mansões gigantes
Como pedra, insensíveis corações

Almas sentenciadas,
Viventes dos desenganos
Persiste a dor da indiferença
Ante o frio cortante

Dormem o sono dos justos
Os pré-fabricados corações
Dormem o sono dos sustos
As fabricadas negações

As almas estigmatizadas
Na desigualdade social
Da vida, desenganadas,
Esperam somente o final...

É a vida como se mostra
Nua e crua, ao natural...

Dina Fernandes e Jane Moreira