Estrofes ao Nada

I

Estrofes não serão o suficiente para dizer o que estou sentindo,

A dor esta apertando,

A primeira vez desta solidão.

É demais para mim,

Só acreditei quando não senti um respirar em meu pescoço,

Meus olhos te dizem o que?

Caminhando pelas palavras,

A metade de um tudo se transformou em meros absurdos,

E agora meu corpo é o ar do acaso.

II

Esses olhos meus, taciturnos e frigidos,

Esse seio meu que dissipa jardins sem donos,

Essa paisagem minha, forte e fraca como tudo que Amo,

Eu já fui à flor selvagem que regia os campos,

Os fins das tardes outonais aos olhos,

O licor nos lábios ébrios e lúcidos,

As águas fariséias e ocultas,

O sabor de ter o Nunca,

A falsa alma do acaso,

As vestes desnudas do ar,

O cerne da dor de um Ser...

E hoje – vago...

Não sei onde – nem para que...

I - Carla Calmon - (http://www.recantodasletras.com.br/autores/carlacalmon)

II - Diego Martins -

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 05/12/2010
Código do texto: T2654149
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.