LÁGRIMAS
 
     Se lágrimas embaraçar as retinas,
     se o padecer de um desejo frustrado
     apagar o brilho de um novo amanhecer
     macerando as entranhas do coração
     induzindo a sucumbir é coisa repentina
     sentindo-se, no âmago dilacerado,
     as inevitáveis lágrimas da dor.
     Sorria como lhe sorri a lua, ao amanhecer!
     Até que se dilua toda sofreguidão.
     A felicidade reside naquele que atina
     com o nascimento de um novo amor,
     que refúgio e solidão, amarga um viver
     e esse renascer há de ser alegria.
     A tristeza com o amor não se afina,
     nem com almas a se reencontrar.
     Pra ser feliz é preciso adotar o querer
     reencontro para um futuro feliz.
     Se amarras persistem e a alma desatina
     na conjugação do verbo amar,
     alegra-te! Os pesares impregnam o ser
     sem o sensual perfume da flor de lis.
     O coração limpo com água cristalina
     espargindo centelhas de felicidade
     bons fluídos haverá de absorver!
     Sentimentos por toda a eternidade.

  
     Diná Fernandes /Fernando Alberto Couto

  
Fernando Alberto Couto e Diná Fernandes
Enviado por Fernando Alberto Couto em 24/11/2010
Reeditado em 09/02/2015
Código do texto: T2634350
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.