Duelo de versos

A Rosa:

De ciclos a natureza é feita...

O Poeta:

Abre-se ala para:

Verão inverno outono e primavera...

A Rosa:

Então por que...

Eu que natureza sou?

O Poeta:

Tu eis as festas das asas do beija flor...

A Rosa:

Beija, tu sabes. A medida da permanência

Por doce que seja a flor

O Poeta:

Beijei varias, mas nenhuma tem o teu sabor

Se me engana é esse o meu labor...

A Rosa:

O engano... Não é dá, ela é apenas uma rosa...

O Poeta:

Mas são os seus espinhos que me causa dor

Nas minhas noites sem o teu calor...

A Rosa:

Fogueira de paixões

O Poeta:

Roseira tem amor...

A Rosa:

Rosa - flor, rosa azul de saudades

O Poeta:

Saudade de alguém

Que agora a mente vem...

A Rosa:

Mente...

Por que não te obedece ao coração!!?

O Poeta:

Coração aos que dizem não tem razão...

E aos medos dar-se vazão...

Medo de se entregar por paixão...

A Rosa:

Paixão... FUJA DELA

Põe os pés... No chão

O Poeta:

Mas para viver no chão precisa-se dela...

A Rosa:

Nosso destino são as estrelas

Não as poeiras das estradas

O Poeta

É na poeira que se lambuza...

A estrada quem faz somos nós os amantes...

Amantes das estrelas ornando o céu

Acompanhando a lua em sua solitária espera...

Assim como a rosa se cala com os espinhos...

O Poeta:

E por falar em rosa

Cadê a rosa que neste duelo de versos

Deixou-me parado nesta rima?

Neste duelo de verso.

Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta

E uma amiga virtual Cristina Rosas.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 23/11/2010
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