VAGANDO PELA RUA
VAGANDO PELA RUA
Ter e não ter alguém?
Triste ilusão da vida.
Queria saber se me ama de fato?
Mas por mais que esmole,
Resposta não vem
Você apenas me deixa no frio e me congela.
Vazio vem tomando conta de mim
Volta para o meu ser,
A revolta me atinge
Vago em busca de toques
Alimentando-me nos braços da imaginação
Nada passa despercebido.
Seu cheiro na memória
Na minha mente eu lembro tudo ainda
Seu ser é o que preciso mais.
O meu eu esta dormente
Meu ser este caído e semimorto
E tenho medo de ter medo
Andando como zumbi
Minha mente faz reparos.
Quero toque que não me vejam.
Ruas passam pela minha vida
Esburacadas e paralelepípedos soltos
Ruas passam se repetem e vão
Apenas a maquina se gastou.
No meu texto apenas palavras desconexa
Sem vírgulas ou pontos
Sinto-me imprestável
Sou o códon usado e jogado na rua
Sou o coito da prostituta que sonha com amor perdido
Sou o chato do andarilho que vaga pelas ruas
Queria poder ter a intimidade do silencio
Meu regaço está vazio e frio
Você mora em minha alma
Mora nos mês sonhos
E apenas acaba comigo
Vejo que estou a querer mais nada.
Onde irei parar
André Zanarella 22-05-2008
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Vagas como vagalumes
oras acesso oras apagado
tão vago... tão vago
amargo.
Escreves e descreves alguém
que desconhece se entristece
misturas de dor e solidão
sofreguidão
banal e carnal
já não sei e você não sabes
por quem, misturas a alguém
sentimentos sempre a quem.
Solidão a dois, covardes
sentimentos que ainda arde
solidão uno, importuno
sentimento de medo
já não queres mais senti-los
seu destilo invocas sanidade,
mal da idade, solto na cidade,
preso no apartamento
andarilho de seus passos
do quarto a sala
da sala ao quarto
desconexa a sentimentos
com culpa, não a sua culpa
apenas culpa.
Não os vê quem és de verdade
nem a verdade de seu coração
a quem pensas ao se deitar
a quem pensas ao acordar
e também a quem pensas ao telefonar
quem os socorre, se corre
e entrega-se ao desespero
tempero da solidão
transformas no nada
nada o faz diferente
alma doente, enferma
quem as procuras
para sua cura
tão longe e distante
tão perto o bastante
Pare
ainda há tempo.
Do amor vem com o tempo
a contento
basta seguir atento
ainda há tempo
não o lamento.
Henrique Cunha 22-05-2008