VAMOS PARTIR?
Este dueto é fictício...Isto é...aconteceu na minha imaginação, aconteceu entre um homem e...
Poema baseado num belo dueto da minha doce Amiga Borboletita e no Princepezinho
VAMOS PARTIR?
-Para um local…
-E é longe?
-É longe e é perto…
-Deixa-te de ambiguidades tão…tão tuas…
-Vamos partir para as estrelas…
-Para qual, há tantas…?
-Para aquela que mais gostares…
-Mas eu gosto de tantas…
-Olha para o céu de olhos fechados, dá uma volta sobre ti mesma e aponta ao acaso, e é esse o local para onde vamos…
-Mas se nessa estrela não existir nada do que gosto, for uma estrela que beija planetas mortos…
-Escolhes outra, afinal há tantas por onde escolher…
-Mas…
-Mas o quê?
-Em todo o Universo eu só queria encontrar o Amor…
-O amor existe em todo o lado minha linda…
-Não é esse amor, é o outro - Disse-me com uma lágrima já ao canto do olho…
E foi então que eu percebi nos seus belos olhos onde se sentia toda a dimensão do Cosmos o que ela realmente queria…
-Eu também procuro esse amor…
-Tu também?!
-Há mais de mil anos que o procuro e não o acho, e te garanto que percorri quase todas as estrelas que vi, e foram muitas…
-E nunca desistis-te?
-Tive vontade disso mil vezes, mas mil vezes tive vontade de continuar a amar, nem que fosse o infinito…Mas aprendi que o amor pode estar dentro de nós, pode estar ao nosso lado, pode estar a mil anos luz, mas o amor está em qualquer lado, mesmo que nunca o encontre, mas ele está…E por isso eu quero partir mais uma vez, desta vez contigo a meu lado, porque olhei para ti, apaixonei-me e decidi que queria viajar contigo para sempre à procura desse amor
Fez-se um pesado silêncio…
-Eu quero partir, eu quero, contigo, mas não posso…
Olhei para ela pela primeira vez como devia e reparei então que eu amava uma flor, e que ela nunca poderia partir comigo por estar demasiado presa à terra…
-Não importa…Vens em espírito, porque em espírito todas as viagens são possíveis! Então vens?
-Sim!Sim!Sim!
E foi então que ambos partimos, deixando os nossos corpos perto um do outro a olhar para o mesmo céu estrelado por onde as nossas almas tinham acabado de partir rumo ao impossível tangível