ÚLTIMO VERSO

Em meu corpo ainda adormecido,
Só tuas mãos, meu íntimo completa.
Um desejo louco, ainda não vivido,
Qual o último verso que busca o Poeta.

O nosso sentinela é o anoitecer
Astros vindos em linha reta,
Cortam os céus, como fossem um ser,
Anjo ou cupido que não erra a seta.

Eu te desejo, amor, de um jeito pasmo,
Com olhos tontos, tontos de um orgasmo,
Feito de suor, volúpia e carinhos...

Para ver-te depois, dormindo mansamente
E acreditar que a vida segue em frente,
No mais suave e leve dos caminhos.

Adriana Leal &
Jenário de Fátima



Texto revisado por Marcia Mattoso