O POETA NA ILHA

          O poeta buscava, na ilha,
          sossego para seu coração,
          escrevendo, absorto, na areia,
          e após mais de uma milha,
          como fosse numa alucinação,
          encontrou aquela sereia.

          Sonho ou realidade, não sei...
          Da sua razão perdeu domínio
          e sua lógica ficou sem limites
          e, como enlouquecer fosse lei,
          entregou-se aos doces delírios
          que escravizam todos amantes.

       
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                     A SEREIA DA ILHA

          Nesses doces delirios de antes
          sentiu um toque em suas mãos.
          Abriu os olhos surpreso então
          e viu a sua sereia real, enlevada,
          não tão bela como tal sereia,
          mas verdadeira sem igual... 
 
          E assim se fez um lindo casal
          de apaixonados, sem pudores,
          nas águas daquela calma praia,
          banharam-se, amaram-se como
          nunca havia acontecido antes.
          Lindo esse casal de amantes. 

   
          O poeta que buscava na ilha
          sossego para o seu coração 
          acabou encantado com o amor,
          renovou suas energias
          e junto com sua sereia
          dormem deitados na areia.

 
                        
31/10/10
       
Fernando A.Salinas Couto e Sônia Rêgo

     Obrigado amiga e poetisa Sônia Rêgo por esta
    gratificante parceria, com seu dom e inspiração 
    enriquecendo este recanto. Deus lhe abençoe !!!


   
Fernando Alberto Couto e Sônia Rêgo
Enviado por Fernando Alberto Couto em 03/11/2010
Reeditado em 09/02/2015
Código do texto: T2595379
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